sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Brasil Central Music - Diário de Bordo #2 - UnConvention


Por Luciano Viana

A quinta-feira foi marcada pela maratona musical da UnConvention, que aconteceu no Centro Cultural Martim Cererê, das 9h às 2h. (17 horas de programação).

Contextualizando a programação, a UnConvention é uma ação surgida na Inglaterra, onde produtores culturais e músicos independentes de Manchester se viram necessitados a fazer com que seus trabalhos artísticos ganhassem níveis de expressão dentro do cenário local, e para isso partiram para o modus do “Do it Togheter”, somando uma força coletiva entre todos esses integrantes, ganhando voz e força.

Dentro desse contexto, surgiu a ação da UnConvention Factory, que visa fomentar os músicos e produtores locais através de teoria e prática.
Crédito: Claudio Cologni
A parte prática consiste no projeto de produção e gravação de um álbum-colêtanea de bandas em 24h perante ao público, desmistificando muitas das barreiras impostas nesse processo. E a parte teórica fica por conta de toda a discussão que ronda o ambiente durante esse tempo.

A UnConvention chega em Goiânia na sua décima terceira edição, e a ideia é que ela se torne cada vez mais itinerante, levando discussões interessantes a respeito da cadeia produtiva da música em várias partes do mundo, tentando estabelecer um elo de união entre esses pontos por onde passar.

A programação em Goiânia foi montada em quadros que se dividiam entre meia hora de debate seguida por meia hora de gravação de cada banda, de 9 às 21h. Nas palestras, vários pontos interessantes de pauta, como estratégia de comunicação para bandas e músicos, empreendedorismo na carreira artística e tecnologias de produção. Todos debates contavam na mesa com representantes brasileiros significativos da pauta abordada e ingleses representantes da UnConvention. Tudo de forma bem organizada, com estrutura adequada, tradução simultânea e horários seguidos à risca, o que criou um dinamismo propício para um campo de interação entre plateia e participantes de ambas localidades, numa sensação de troca de experiências muito positiva.

Nos intervalos de debates, vinham as gravações das faixas das bandas goianas que representavam a cena local, sendo a maioria voltada para a vertente rockeira, que talvez seja o nicho em que o “Do it Togheter” levantado pela proposta do projeto tenha chegado com mais força.

O resultado de toda essa maratona foi lançado no mesmo dia e já pode ser conferido no blog da UnConvention Goiânia. Confiram mais fotos no Flickr do UnConvention Goiânia.
Banda Mugo - Crédito: Claudio Cologni
Após às 21h se iniciaram os shows das bandas participantes do projeto, com casa cheia no Martim Cererê, num público acima de 2 mil pessoas para ver as pratas da casa. Destaques para o Mc Dyscreto, o metal visceral do Mugo, a performance sempre incendiária dos Johnny Suxxx and The Fucking Boys e os veteranos do Violins, mostrando músicas inéditas que estarão no seu sexto álbum.

Durante os shows, as trocas de experiências e contatos continuaram, e ainda se estenderão por todo Festival Goiânia Noise, que começa oficialmente hoje.

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