Por Luciano Viana
A quinta-feira foi marcada pela maratona musical da UnConvention, que aconteceu no Centro Cultural Martim Cererê, das 9h às 2h. (17 horas de programação).
Contextualizando a
programação, a UnConvention é uma ação surgida na Inglaterra,
onde produtores culturais e músicos independentes de Manchester se
viram necessitados a fazer com que seus trabalhos artísticos
ganhassem níveis de expressão dentro do cenário local, e para isso
partiram para o modus do “Do it Togheter”, somando uma força
coletiva entre todos esses integrantes, ganhando voz e força.
Dentro desse contexto,
surgiu a ação da UnConvention Factory, que visa fomentar os músicos
e produtores locais através de teoria e prática.
Crédito: Claudio Cologni |
A parte prática
consiste no projeto de produção e gravação de um álbum-colêtanea
de bandas em 24h perante ao público, desmistificando muitas das
barreiras impostas nesse processo. E a parte teórica fica por conta
de toda a discussão que ronda o ambiente durante esse tempo.
A UnConvention chega em
Goiânia na sua décima terceira edição, e a ideia é que ela se
torne cada vez mais itinerante, levando discussões interessantes a
respeito da cadeia produtiva da música em várias partes do mundo,
tentando estabelecer um elo de união entre esses pontos por onde
passar.
A programação em
Goiânia foi montada em quadros que se dividiam entre meia hora de
debate seguida por meia hora de gravação de cada banda, de 9 às
21h. Nas palestras, vários pontos interessantes de pauta, como
estratégia de comunicação para bandas e músicos, empreendedorismo
na carreira artística e tecnologias de produção. Todos debates
contavam na mesa com representantes brasileiros significativos da
pauta abordada e ingleses representantes da UnConvention. Tudo de
forma bem organizada, com estrutura adequada, tradução simultânea
e horários seguidos à risca, o que criou um dinamismo propício
para um campo de interação entre plateia e participantes de ambas
localidades, numa sensação de troca de experiências muito
positiva.
Nos intervalos de
debates, vinham as gravações das faixas das bandas goianas que
representavam a cena local, sendo a maioria voltada para a vertente
rockeira, que talvez seja o nicho em que o “Do it Togheter”
levantado pela proposta do projeto tenha chegado com mais força.
O resultado de toda essa maratona foi lançado no mesmo dia e já pode ser conferido no blog da UnConvention Goiânia. Confiram mais fotos no Flickr do UnConvention Goiânia.
Banda Mugo - Crédito: Claudio Cologni |
Após às 21h se
iniciaram os shows das bandas participantes do projeto, com casa
cheia no Martim Cererê, num público acima de 2 mil pessoas para ver
as pratas da casa. Destaques para o Mc Dyscreto, o metal visceral do
Mugo, a performance sempre incendiária dos Johnny Suxxx and The
Fucking Boys e os veteranos do Violins, mostrando músicas inéditas
que estarão no seu sexto álbum.
Durante os shows, as
trocas de experiências e contatos continuaram, e ainda se estenderão
por todo Festival Goiânia Noise, que começa oficialmente hoje.
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